terça-feira, 19 de julho de 2011

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HOMOFOBIA em INSENSATO CORAÇÃO



A novela das 21h da Rede Globo, Insensato Coração, está tratando a questão da homofobia de maneira exemplar com diversas cenas que mostra atitudes homofóbicas e drásticas de alguns personagens. Em contrapartida, no mesmo diálogo, outros personagens tentam explicar o assunto e mostrar o quanto a homofobia é um gesto anti-social e que para vivermos em comunidade hoje em dia, mais do que nunca, precisamos respeitar o outro como ele é e entender que "ser gay" não mede e não qualifica o homem no seu caráter. Gilberto Braga e Ricardo Linhares, autores da obra, estão dando um exemplo de civilidade ao abordar o assunto com tamanha sensibilidade e informação (que é o que falta para muitos ignorantes). Parabéns também a direção geral da trama, Dênnis Carvalho e Vinicius Coimbra.
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Do Lado de Cá - Chimarruts

Particularmente gosto muito dessa música por diversos motivos e gostaria muito de partilhar aqui com vocês o vídeo e a letra. É uma canção gostosa de se ouvir, relaxante, lembra o amanhecer do dia, as pessoas que gostamos, mas que não estão por perto; e que os problemas da vida precisam ser encarados na hora exata ao invés de ficarmos muitas vezes "martelando" naquela questão porque o melhor da vida é poder sorrir e abraçar a vida da melhor maneira possível. Veja o vídeo abaixo. Muito bacana e aproveite a letra para acompanhar... muito gostoso!!!



DO LADO DE CÁ
Chimarruts

Se a vida às vezes dá uns dias de segundos cinzas

e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema a toa, pra ficar na boa
Vem pra cá

Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá
Do lado de cá

Se a vida às vezes dá uns dias de segundos cinzas
e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema a toa, pra ficar na boa
Vem pra cá

Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá

A vida é agora, vê se não demora.
Pra recomeçar é só ter vontade de felicidade pra pular

Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá
Do lado de cá
Do lado de cá
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Alagoas realiza primeiro casamento gay

Juntas há um ano e meio, enfermeira e cantora falam à Gazeta sobre relação homossexual e a satisfação em consumarem união


Luciana e Viviane vão se casar numa cerimônia religiosa na capital: “Temos esse direito”

A resistência dos familiares, que não estarão presentes, não tirou a alegria e nem fez a enfermeira paulista Viviane Rodrigues, 32, e a cantora alagoana Luciana Lima, 27, desistirem da cerimônia em que se unirão em casamento, no final deste mês. O ato, a ser celebrado por um orador kardecista numa casa de festas em Maceió, será o primeiro casamento gay de Alagoas.

Elas estão juntas há cerca de um ano e meio, e foram dos primeiros casais a formalizar a união homoafetiva em cartório. Em maio último, logo que o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou a união civil entre pessoas do mesmo sexo, Viviane e Luciana legalizaram a relação no 1º Cartório de Registro Civil de Casamentos e Feitos Matrimoniais, no Centro de Maceió.

Agora elas querem sentir a emoção daquilo que tradicionalmente se conhece como casamento religioso. “Temos esse direito como qualquer casal hetero”, diz Viviane, aproveitando para desfazer a imagem preconceituosa de que, na cerimônia que vai uni-la a Luciana, haverá “um noivo”. A enfermeira, que trabalha num hospital da rede pública estadual, declara que o evento que vai protagonizar é o casamento entre duas mulheres.

‘É preciso respeitar a decisão dos outros’

Preconceito é um problema que Viviane Rodrigues e sua companheira Luciana Lima, como a maioria dos homossexuais, enfrentam com frequência. A mais recente situação que vivenciaram foi há cerca de dois meses, em Garanhuns (PE). “Estávamos num bar, curtindo o Dia dos Namorados. Não havia manifestação explícita de carinho ou qualquer outra atitude que pudesse deixar as pessoas constrangidas. Mas dava para perceber que tínhamos intimidade de casal”, conta Viviane.

Repentinamente foram surpreendidas pelo garçom que se aproximara entregando-lhes a conta do que consumiram e pedindo que se retirassem. “Foi chocante. Pensamos em processar o estabelecimento, mas acabamos deixando a cidade com muita raiva por esse constrangimento”, declara a enfermeira.

Ao seu lado, Luciana diz que arrependem-se de não terem reagido. “Denunciar a discriminação seria o mais correto. Acreditamos que até a homofobia deve ser manifestada de forma inteligente, com educação. Discordar é um direito de qualquer pessoa, mas é preciso respeitar a opinião e decisão dos outros”, reage a compositora, que em setembro lança o primeiro CD onde interpreta composições suas e de outros alagoanos. Uma composição que fez para Viviane e que será cantada por Luciana na cerimônia de casamento, vai estar no CD.

União foi reconhecida em maio pelo STF

DA EDITORIA DE CIDADES

A união estável para casais do mesmo sexo foi reconhecida por unanimidade, pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em sessão plenária no dia 5 de maio deste ano. Com a decisão, os ministros garantiram a companheiros em relação homoafetiva duradoura e pública os mesmos diretos e deveres das famílias formadas por homens e mulheres. O julgamento que reconheceu a união homoafetiva durou mais de 11 horas e mobilizou entidades ligadas à causa.

“O reconhecimento, portanto, pelo tribunal, hoje, desses direitos, responde a um grupo de pessoas que durante longo tempo foram humilhadas, cujos direitos foram ignorados, cuja dignidade foi ofendida, cuja identidade foi denegada e cuja liberdade foi oprimida”, afirmou a ministra Ellen Gracie ao proferir seu voto.

FONTE - Gazeta de Alagoas
Repórter - Bleine Oliveira
Foto - Ricardo Lêdo